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03 setembro 2017

DANIEL (Cap 6)
UM EXEMPLO DE FIDELIDADE
“Lições aprendidas na Universidade da Babilônia"

UMA VIDA DE VERDADEIRA DEVOÇÃO A DEUS
PALAVRA-CHAVE: Devoção

4 LIÇÕES


1- A NOSSA INTEGRIDADE PARA COM DEUS IRÁ INCOMODAR AS PESSOAS AO REDOR (6.1-9)
a.A integridade de Daniel (v.1-4)
b.A trama dos opositores (v.5-9)

2- É NECESSÁRIO DISCIPLINA NA VIDA DEVOCIONAL (6.10,11)
a.Ele não negociou os seus valoreS
b.O segredo da vitória.

 A vida de comunhão com Deus era prioridade.


SINTOMAS DE POBREZA
(Revista Manchete)

Comprar carro novo e não tirar o plástico.
Lamber a tampa metálica do iogurte.
Usar roupa velha como pano de chão.
Formar equipes de futebol com times de camisa e sem camisa.
Secar tênis e roupas atrás da geladeira.
Usar copos de requeijão para beber água.
Usar fita colante para colar o rasgo do sofá.
Emendar fio de varal estourado Fechar saquinho de mantimento com prendedor de varal.
Usar sacolinha de supermercado como saco de lixo.
NÍVEL DE LEITURA BÍBLICA
Sempre 28%
Quase Sempre 34%
Quase nunca 8%
Nunca 8%
3-DEUS HONRA A FIDELIDADE DE SEUS SERVOS (6.12-23)
a.Dar a vida por aquilo que você crê (v.12-18)
b.Deus é poderoso para nos livrar, segundo o Seu querer. (v.19-23)

4-A ATITUDE DEMONSTRADA DIANTE DAS PROVAÇÕES IRÁ AFASTAR OU APROXIMAR A PESSOAS DE DEUS (6.24-28)
a.Os inimigos são punidos. (v.24)
b.As autoridades são impactadas. (v.25-28)

CONCLUSÃO
DÊ FRUTO ONDE DEUS PLANTAR VOCÊ! 
O SEGREDO É UMA VIDA DE VERDADEIRA DEVOÇÃO AO SENHOR.

(Estes foram os tópicos da mensagem pregada pelo Pastor Marcos Alexandre de Almeida no culto de 03/09/17 na Primeira Igreja Batista em Limeira, que foi transmitido ao vivo pelo Facebook)

27 agosto 2017


DANIEL (cap 5)
UM EXEMPLO DE FIDELIDADE
“Lições aprendidas na Universidade da Babilônia”

DISPONIBILIDADE DE SERVIR AO SENHOR 
PALAVRA-CHAVE: Disponibilidade

3 LIÇÕES:


1- DE DEUS NÃO SE ZOMBA (5.1-9)
a.Profanação (v.1-4)
b.Intervenção de Deus (v.5-9)
  Um recado.

MENSAGEM DE JUÍZO (v.24-28)

MENE, MENE, TEQUEL PARSIM.
CONTADO, CONTADO, PESADO E DIVIDIDO.

MENE = Os teus dias estão contados!
TEQUEL = Foste pesado na balança e achado em falta.
PARSIM = Teu reino será dividido e destruído (Persas).

Consequência (v.30): Naquela mesma noite a profecia se cumpriu.


“Pode-se enganar a todos algumas vezes;
pode-se até enganar a alguns o tempo todo;
mas não se pode enganar a todos o tempo todo.”
Abraham Lincoln


2- DEUS ESTÁ AGINDO MESMO QUANDO NÃO PERCEBEMOS (5.10-12)
a.Deus conservou a rainha-mãe no palácio (v.10)
b.Deus fez o seu servo entrar em cena (v.11,12)
  Sugestão da rainha.

3- O CRENTE DEVE ESTAR SEMPRE PRONTO PARA SER USADO POR DEUS (5.13-23)
a.Disponibilidade (v.13-16)
b.Comprometimento com a verdade (v.17-23)

Conclusão:
DE DEUS NÃO SE ZOMBA!
SEJA UM INSTRUMENTO NAS MÃOS DO REDENTOR.


(Estes foram os tópicos da mensagem pregada pelo Pastor Marcos Alexandre de Almeida no culto de 27/08/17 na Primeira Igreja Batista de Limeira, que foi transmitido ao vivo pelo Facebook)

04 setembro 2015






1 Coríntios 1:18-31

O Evangelho não é um produto!

O apostolo Paulo pode ser considerado um homem de marketing. Ao analisar o mercado religioso da sua época, conclui:

“Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria” (v 22).

Ele identificou necessidades. O povo quer sinais e sabedoria. O mercado judeu pede milagres, curas, sinais e prodígios. O povo quer espetáculo! O mercado grego pede filosofia, ciência, teoria e conhecimento. O povo quer sabedoria. Agora, que tipo de sabedoria eles desejam?

Paulo diz no versículo 23: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.”

A mensagem do evangelho é contrária às expectativas do mercado.

1-    A pregação do evangelho de Deus não é uma negociação comercial entre quem prega e quem ouve.

2-    Deus julgará e punirá com rigor aqueles que transformam a casa de dEle em casa de negócio.

Jesus, no seu ministério aqui na terra, enfrentou os judeus que haviam transformado o templo de Jerusalém, numa casa de comércio (João 2.1).

3-    A conversão de uma pessoa é um ato soberano e sobrenatural de Deus (Romanos 10:9-17).

Contrariamente ao que Paulo fez, as igrejas hoje pregam um evangelho para satisfazer as necessidades imediatas e materiais das pessoas.

O povo continua querendo espetáculo e sabedoria humana.


A igreja não tem pregado o evangelho da cruz, o evangelho da contradição e o evangelho da necessidade do arrependimento de pecados. Prega-se muito sobre prosperidade material e pouco sobre justiça de Deus, inferno e céu.  

Pare e pense:
1-    O que os judeus e os gregos buscavam?
2-    Qual é a resposta bíblica?
3-    Quais são as verdades teológicas que podemos extrair do texto de      
1 Coríntios 1:18-31?

28 agosto 2015


Mateus 11:28-30.


Em nossa vida de tempos em tempos vacilamos sob os pesos difíceis que a vida nos faz carregar. Não estamos falando de pesos físicos, mas dos pesos ou fardos emocionais e espirituais que nos esmagam.

É claro que todos nós temos uma espécie de mentalidade de "Rambo" ou "Mulher Maravilha", mas no fundo, sabemos que tentar levantar ou carregar um peso excessivo resulta em prejuízos para a alma.

Livrando-se dos fardos

Você e eu caímos quando somos sufocados pelo peso esmagador dos fardos que tentamos carregar, mas que são grandes demais para nós. Nós temos um limite de carga, mas quando excedemos esse limite a nossa tendência geralmente é fugir e nos esconder dos problemas.

Mas sem encontrar um lugar para repousa-los, até quando conseguiremos esconder ou disfarçar que estamos já no limite?

Faz parte da natureza humana fugir dos problemas, muitos pensam "O tempo se encarrega de nos curar”. Afinal, o tempo pode curar tudo? Consertar uma lâmpada queimada? Um pneu furado?

Os fardos podem e devem nos levar a fonte de perdão, alívio e consolo, ou podem também nos fazer desistir de lutar, e abandonar nossa carreira.

Este é o momento de correr para o Senhor e receber alívio, caso contrário vamos continuar cambaleando, se arrastando e se ferindo.

Se você está cansado, sem forças… é hora de entregar os fardos para Jesus:

1) Não temos que carregar nosso fardo de pecado, culpa e vergonha, porque Alguém já fez isso.
Is 53.6 "O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós…carregando ele mesmo em seu Corpo os nossos pecados."

2)  Não temos que levar nosso fardo de cuidado, preocupação e tristeza, porque alguém já fez isso.
Is 53.4″Certamente Ele levou sobre si as nossa enfermidades e as nossas dores levou sobre si."

3) Não temos de cambalear sob o peso da ansiedade e do medo de amanhã porque repousamos em Suas mãos.
Is 41.10 “Não temas, porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou teu Deus, eu te fortaleço e te ajudo e te sustento com a minha destra fiel."





30 junho 2015


O desejo do nosso Deus é que todo pecador tenha a oportunidade de ao ouvir a proclamação do evangelho seja confrontado em seu pecado pela Palavra de Deus e renda-se aos pés de Cristo. Frequentemente nos esquecemos que o mesmo também se aplica aos nossos filhos. Parece que acreditamos, mesmo sem admitir, que pelo fato de serem filhos de cristãos e frequentarem a igreja automaticamente serão salvos. Mas infelizmente não é isso que a bíblia ensina. João (1:12,13) afirmou: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” . O nascimento espiritual é um dom de Deus, concedido a cada crente, em especial, e não pode vir por descendência humana nem pelo cumprimento de qualquer ritual religioso. As crianças (mesmo as mais fofinhas) não escaparam do efeito da queda e esse fato deve se tornar a principal motivação dos pais, no que diz respeito a educação e discipulado de seus filhos, visando sempre que eles amem e sirvam ao Senhor, e tenham um encontro pessoal com o salvador.
Nesse processo os pais encontram muitas dificuldades. Sentem que são imperfeitos, e, portanto, incapazes de exigir deles alguma coisa. É necessário reconhecer que todos somos pecadores e que estamos num processo de aprendizagem e amadurecimento, e que dependemos totalmente da graça e direção de Deus para desempenharmos esse papel. Nossos filhos não querem se espelhar em pais perfeitos, pelo contrário, isso iria gerar uma tremenda frustração, pois jamais conseguirão atingir a perfeição. O que eles precisam é de pais que sejam exemplo de amor a Deus, e que busquem servi-lo e gastar-se na obra dEle, reconhecendo suas falhas, medos e limitações, e demonstrando o quanto necessitam diariamente da graça e do perdão de Deus em suas vidas.
Pais, vocês precisam entender são os melhores EVANGELISTAS e discipuladores para os seus filhos e diante de Deus são os responsáveis por ensinar-lhes os estatutos, os mandamentos e preceitos divinos (Deuteronômio 6:2 e 7). O Senhor deu a vocês a responsabilidade de ensinar aos seus filhos tudo aquilo que vai compor a personalidade, a alma e o caráter deles, bem como a bondade e a misericórdia com que Deus nos trata. Vocês são  a janela pela qual eles verão a Deus, o espelho que vai refletir neles a imagem de Jesus..

Você, papai, é o melhor evangelista e discipulador do seu filho. Assuma isso e a sua descendência será alvo da graça de Deus.


ü Uma ótima estratégia para isso é a prática do culto doméstico, e nós da EBD queremos incentivá-lo a resgatar essa prática em sua casa!

A importância do Culto Doméstico: O mundo contemporâneo sofre uma perda de critérios e valores. As coisas urgentes tomaram o lugar das coisas importantes. Pare para analisar: corremos atrás do vento e gastamos toda a nossa energia buscando as coisas que perecem e deixamos de buscar as coisas lá do alto, aquilo que permanece para sempre. Somos vítimas da ditadura de uma agenda que empurra o que é espiritual para a lateral da vida pessoal. No entanto, um dos maiores benefícios da devocional em família é nos corrigir nesse aspecto. O culto doméstico corrige a prioridade do nosso relacionamento com Deus. Precisamos buscar o Reino de Deus em primeiro lugar e o culto doméstico abre esse caminho para priorizarmos nossa relação com Deus acima de quaisquer outros interesses. Na era da comunicação e da explosão do conhecimento, vemos uma geração analfabeta da Bíblia e a perda dos critérios bíblicos está produzindo uma geração entregue ao relativismo moral. Se a família estiver sem critérios, a sociedade vai se perder nos labirintos da permissividade. Deuteronômio 6:6-7 diz: "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te" nesse texto, assim como em Efésios 6:4  e Colossenses 3:16 encontramos um claro estímulo a adoração no lar.

15 junho 2015

Como você descreveria o trabalho de um pastor? Onde você procuraria modelos? Talvez você buscasse as respostas em algumas outras igrejas locais e fizesse algumas adaptações que refletissem a agenda e os programas de sua própria igreja.
Isso seria presumir, é claro, que todo mundo já sabe como um pastor deve ser e o que ele deve fazer. Mas como nós sabemos qual é o papel fundamental de um pastor?
Certamente, devemos olhar para a Escritura para descobrir o que é um pastor. Mas em que lugar da Escritura? Poderíamos começar pelo trabalho implícito às qualificações de um presbítero (1Timóteo 3.1-7; Tito 1.5-10) e, cuidadosamente, considerar mandamentos explícitos dados aos líderes de igreja. Quando ultrapassamos a superfície de alguns desses mandamentos, contudo, uma interessante imagem aparece. Considere Atos 20.28 e 1Pedro 5.1-3, ambos dirigidos a presbíteros de igrejas locais:
Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes [gr.poimainen] a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. (Atos 20.28, Almeida Revisada Imprensa Bíblica)
Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: apascentai [gr. poimanate] o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. (1Pedro 5.1-3, Almeida Revisada Imprensa Bíblica)
Em ambas as passagens, a principal tarefa do pastoreio é resumida com o verbo grego poimaino, cujo significado básico é “apascentar”, isto é, tomar conta de ovelhas (Lucas 17.7; 1Coríntios 9.7). Tanto Paulo em Atos como Pedro em sua primeira epístola resumem o trabalho de pastorear em uma palavra: apascentar.
Em Efésios 4.11, Paulo se refere aos pastores como “apascentadores-mestres”, novamente demonstrando que a ideia de apascentar é básica no que tange ao ofício pastoral. De fato, a própria palavra “pastor” vem do latim pastor, que significa “apascentador”. Assim, apascentar é básico no que tange à palavra “pastor” e às descrições bíblicas do pastoreio.
Mas onde nós aprendemos o que significa apascentar? Se você tem alguma familiaridade com ovelhas e suas necessidades, então você já tem uma ideia básica. Ovelhas necessitam ser alimentadas, cuidadas, guiadas e protegidas. Os pastores fazem essas coisas por seu povo, transpostas para um sentido espiritual.
O enredo bíblico do apascentamento
Mas essa metáfora assume uma profundidade ainda maior quando vemos como ela se desvela ao longo do enredo da Escritura. Em última instância, pastores aprendem o que significa ser um pastor pelo modo como o próprio Deus apascenta o seu povo.
O Pastor Divino do Êxodo
O enredo bíblico do apascentamento começa, de fato, quando Deus traz o seu povo para fora do Egito, guia-os pelo deserto durante quarenta anos e os conduz em segurança à sua própria terra.[1] Ao descrever todo o período do êxodo e da peregrinação no deserto, o Salmo 77.20 declara: “O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão”.
Como um pastor, Deus estava pessoalmente presente com seu povo (Êxodo 33.15-16). Como um pastor, Deus protegeu o seu povo (Números 14.7-9; Deuteronômio 23.14). Como um pastor, Deus proveu para o seu povo. Ele os alimentou (Salmo 78.19, 105.40-41). Ele os curou (Êxodo 15.26; Números 21.8-9).
Como um pastor, Deus guiou o seu povo a pastos verdejantes: “Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade” (Êxodo 15.13). Como um pastor, Deus gentil e ternamente os conduziu adiante:
Atraí-os com cordas humanas,
com laços de amor;
fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas
e me inclinei para dar-lhes de comer. (Oséias 11.4)
Em tudo isso, Deus apascentou o seu povo por meio de Moisés, o líder humano que havia designado para apascentá-los (Salmo 77.20). E o próprio Moisés pediu ao Senhor um sucessor, a fim de que “a congregação do SENHOR não seja como ovelhas que não têm pastor” (Números 27.17).
Assim, o Senhor, o divino Rei da criação, é também o pastor do seu povo. E ele o apascentou por meio de um pastor humano por ele mesmo designado.
Davi, o pastor-rei
Centenas de anos depois, esse padrão continua no reino de Davi e sua dinastia. O Senhor tomou Davi do apascentamento de ovelhas e o constituiu pastor de Israel (2Samuel 5.1-3, 7.8). O salmista declara:
Também escolheu a Davi, seu servo,
e o tomou dos redis das ovelhas;
tirou-o do cuidado das ovelhas e suas crias,
para ser o pastor de Jacó, seu povo,
e de Israel, sua herança.
E ele os apascentou consoante a integridade do seu coração
e os dirigiu com mãos precavidas. (Salmo 78.70-72)
Assim como Davi ternamente nutria as ovelhas sob seus cuidados, assim também ele, na maior parte, conduziu Israel de modo responsável e compassivo, apascentando-o com integridade e sabedoria.
Contudo, o próprio Deus permanecia como o verdadeiro pastor de Israel. Israel confessava: “Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão” (Salmo 95.7). E Davi, designado por Deus para ser “subpastor”, proclamou a sua confiança na provisão, proteção e orientação divinas na sublime poesia do Salmo 23.
Mas nem todos os pastores-reis de Israel conduziram Israel pelos pastos verdejantes da obediência à Palavra do Senhor. Ao contrário, a maioria deles conduziu o povo de Deus às terras devastadas e estéreis da idolatria e da injustiça. Assim, Deus dispersou o seu rebanho por entre as nações como uma punição por seu pecado (Levítico 26.33; Deuteronômio 4.27, 28.64; 1Reis 14.15).
Novos pastores no novo êxodo
Mas o mesmo Deus que dispersou o seu povo prometeu ajuntá-lo novamente. Em Jeremias 23.1-2, Deus pronuncia julgamento sobre os reis ímpios de Israel, os pastores que destruíam e espalhavam o rebanho de Deus. Esses pastores falharam em assistir o povo Deus em cuidado e proteção; assim, Deus irá assisti-los em julgamento. Não apenas isso, nos versículos 3-4, Deus declara:
Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; serão fecundas e se multiplicarão. Levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e elas jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará, diz o SENHOR.
O Senhor irá restaurar a sorte do seu povo e ele terá pastores que cuidem dele, provejam para ele e o protejam. Como esses pastores servirão o povo de Deus? A passagem paralela em Jeremias 3.15 nos conta: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência”. Os líderes do povo reunido de Deus irão liderar o povo alimentando-o com conhecimento e com entendimento dos caminhos e da Palavra de Deus.
Não apenas isso, mas Deus também há de levantar um rei supremo, o herdeiro de Davi, que assegurará a salvação de todo o povo de Deus:
Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa. (Jeremias 23.5-6)
Esse reajuntamento do povo de Deus, um novo êxodo de volta para a sua terra, ultrapassará em glória até mesmo a poderosa libertação do povo de Deus do Egito e será a obra pela qual o povo de Deus há de invocá-lo e lembrá-lo daquele tempo em diante (vv. 7-8).
Então Deus há de ajuntar o seu povo como um fiel pastor. E Deus levantará muitos pastores fiéis que cuidem do seu povo. Contudo, um pastor-rei em particular irá salvar o povo e garantir-lhe o seu florescimento seguro no lugar de Deus, sob o governo de Deus.
Isaías 40.11 apresenta um outro relance do novo êxodo a ser realizado por Deus ao ajuntar, ele mesmo, o seu rebanho:
Como pastor, apascentará o seu rebanho;
entre os seus braços recolherá os cordeirinhos
e os levará no seio;
as que amamentam ele guiará mansamente.
Ezequiel 34 pinta um retrato mais detalhado da obra de Deus como o pastor que salvará o seu povo. Os então pastores de Israel alimentaram a si mesmos, em vez de alimentarem o rebanho, e falharam em curar as ovelhas doentes e em buscar as desgarradas; por isso, agora, o rebanho de Deus está disperso (vv.1-6). Por tudo isso, Deus há de julgar esses pastores ímpios e há de resgatar, ele mesmo, o seu rebanho (vv. 7-10). O próprio Deus irá buscá-lo, resgatá-lo, ajuntá-lo em sua própria terra, alimentá-lo e conduzi-lo ao lugar de descanso (vv. 11-14). “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o SENHOR Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça” (vv. 15-16).
Contudo, Deus também promete: “Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor” (v. 23). Então o próprio Deus será o pastor de Israel, mas também o seu “servo Davi” o será. E quando Deus novamente apascentar o seu povo, ele terá paz, bênção, segurança, abundância, liberdade, honra e o verdadeiro conhecimento de Deus (vv. 25-31).
Jesus, o bom pastor
Quem é esse pastor que Deus constitui sobre o seu povo? Jesus, o bom pastor. Jesus teve compaixão das multidões porque elas estavam aflitas e exaustas, ovelhas sem um pastor (Mateus 9.36). Jesus é o bom pastor que vem dar vida abundante ao rebanho de Deus (João 10.10), que dá a sua vida pelo rebanho de Deus (vv. 11, 15), que conhece as suas próprias ovelhas (v. 14), que ajunta todas as suas ovelhas em um só rebanho (v. 16).
A metáfora do povo de Deus como rebanho, no princípio, foi usada para descrever Israel no deserto: com fome, com sede, queimado pelo sol, ainda fora de seu verdadeiro lar. Transposto para um sentido espiritual, tudo isso é verdade acerca da igreja na presente era. Como Israel no deserto, nós ainda não entramos no descanso de Deus (Hebreus 4.11). Somos ameaçados não apenas pela fome e privação, mas também por oposição e perseguição.
Agora nós somos fracos e peregrinos, pressionados pelas privações. Mas, em Apocalipse, João nos dá um relance de nosso destino final:
Jamais terão fome, nunca mais terão sede,
não cairá sobre eles o sol,
nem ardor algum,
pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará
e os guiará para as fontes da água da vida.
E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. (Apocalipse 7.16-17)
O Senhor Jesus é o nosso pastor e ele é um bom pastor. Contudo, aproxima-se o dia em que ele será nosso pastor e nós nunca mais sentiremos fome ou dor.
Pastoreando como o supremo pastor
Então, o que esse enredo ensina aos pastores da igreja? As famosas palavras de Jesus a Pedro nos apontam a direção certa. Três vezes Jesus perguntou a Pedro se ele o amava; três vezes Pedro respondeu que sim; três vezes Jesus incumbiu Pedro de cuidar do seu rebanho (João 21.15-17). O Evangelho de João usa duas palavras gregas diferentes para “cuidar” ou “alimentar” nessa passagem, mas elas significam a mesma coisa. Ambas se referem ao abrangente cuidado que os pastores demonstram para com as ovelhas: alimentando-as, cuidando delas, guiando-as, protegendo-as. E é exatamente esse o tipo de cuidado que os pastores devem dar ao seu povo.
Pastores devem alimentar o seu povo com a Palavra, exortando-o na sã doutrina (Tito 1.9-10), anunciando-lhe todo o conselho de Deus (Atos 20.27). Pastores devem proteger o seu povo da falsa doutrina e daqueles que buscam desviá-lo (Atos 20.29-31). Pastores devem liderar o seu povo provendo-lhe um exemplo piedoso (Hebreus 13.7), equipando-o para o ministério (Efésios 4.12) e conduzindo com sabedoria os assuntos da igreja (1Timóteo 5.17). Pastores devem cuidar do seu povo provendo-lhe, com ternura, todo o conselho, ajuda e encorajamento que for necessário.
Em uma palavra, pastores cuidam. Eles não apenas se preocupam com o seu povo, eles zelam por ele. Eles o conhecem. Eles o buscam. Eles dão ao seu povo o de que a sua alma precisa, mesmo quando o próprio povo não compreende nem deseja aquilo de que mais precisa.
Em tudo isso, os pastores refletem a imagem de Deus o Pai. Paulo exorta os líderes da igreja: “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (1Tessalonicenses 5.14). Esse tipo de cuidado pessoa-a-pessoa é exatamente o que Deus promete fazer pelo seu povo ao garantir que irá buscar a ovelha perdida, trazer de volta a desgarrada, ligar a quebrada e apascentar todas elas em justiça (Ezequiel 34.16).
E os pastores também refletem a imagem do nosso Senhor Jesus Cristo, que apascenta o povo de Deus antes de qualquer pastor, apascenta-o por meio do ministério de todo pastor e irá apascentá-lo mesmo quando o ministério de todos os pastores houver terminado. É por isso que Pedro chama Jesus de o “Supremo Pastor” (1Pedro 5.4). Jesus é o herdeiro que Deus suscitou a Davi; ele é o único verdadeiro Pastor-Rei do povo de Deus. Contudo, o ministério pastoral de Jesus não exclui os pastores humanos – em vez disso, ele os equipa e fortalece para o seu ministério.
Pastor, acaso você já considerou que o seu próprio ministério em sua igreja local é parte do cumprimento de profecia? Lembre-se de que Deus prometeu levantar muitos pastores sobre o seu povo quando levantasse o seu Supremo Pastor sobre eles (Jeremias 23.4-5). Esses pastores haveriam de alimentar o povo de Deus com conhecimento e com inteligência (Jeremias 3.15).
O quanto as suas prioridades no ministério correspondem àquelas do pastor divino? O quanto você conhece as necessidades espirituais de suas ovelhas? Quanto tempo e esforço você dedica a suprir essas necessidades uma a uma? Você está mais preocupado com quantos novos indivíduos entram no prédio da igreja ou em se a alma deles está faminta ou tem fartura?
Você está vigilante contra as ameaças à saúde do seu povo na fé? Ou você deixa as suas ovelhas à mercê de falsos mestres, por falhar em equipá-los com uma compreensão profunda da doutrina bíblica?
Você sabe quais de suas ovelhas estão fartas e quais estão mal nutridas? Quais estão espiritualmente fortes e quais estão doentes? Quais estão seguras no aprisco e quais estão vagando no deserto?
Se você deseja renovar sua mente quanto ao que constitui o trabalho de um pastor, considere como Deus tem apascentado o seu povo ao longo do enredo da Escritura. Maravilhe-se com o seu gentil cuidado e com sua poderosa proteção. Aprenda com sua paciente atenção às diversas necessidades do seu povo. Admire-se com a profundidade da tenra compaixão divina, com o fato de que aquele que tem nas mãos as galáxias também se inclina para tomar em seus braços aquelas ovelhas que são fracas demais para andar. E ore para que, por sua graça e no poder do seu Espírito, Deus faça de você um pastor segundo o seu próprio coração.
Nota:
[1] Ao longo dessa seção eu sigo a exegese de Timothy S. Laniak,Shepherds after My Own Heart: Pastoral Traditions and Leadership in the Bible, New Studies in Biblical Theology 20 (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2006) [Pastores segundo o meu coração: tradições pastorais e liderança na Bíblia, sem tradução em português].
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Artigo extraído do blog voltemos ao evangelho: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/778/Teologia_Biblica_e_Ministerio_Pastoral
Por: Bobby Jamieson. © 2015 9Marks. Original: Biblical Theology and Shepherding.
Este artigo faz parte do 9Marks Journal.
Tradução: Vinícius Silva Pimentel. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. © 2015 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Teologia Bíblica e Ministério Pastoral.